Como elas mudam...
Quando tive meu primeiro contato com elas, eram 2. Era um ensaio de pré casamento.
Esbocei esse texto diversas vezes, mas não consegui explicar exatamente quando tudo mudou.
A alegria me tomou quando recebi o pedido pra fotografar 2 e meio. É como se você pudesse fazer parte da família.
A alegria transbordou quando fui chamado pra fotografar parto, mesmo essa não sendo a especialidade que tenho.
E foi ali.
Elas talvez não imaginem, mas já tinham mudado desde quando souberam que era mãe.
Eram mais doces, eram mais amorosas com cada detalhe. A emoção delas era diferente ao ver as fotos. Eram mais sentimentais.
Não só isso. Pareciam ser mais fortes. Era como se nada pudesse acontecer com elas. Eram mais firmes, eram mais cuidadosas, já não topavam tanto minhas loucuras de direção de ensaio.
Ali cabia mais amor. Não só pela pessoa que escolheram passar o resto da vida, mas por quem chegou e transformou a vida delas.
O sorriso dos ensaios já não era o mesmo: tinha um novo brilho.
E, enquanto elas achavam que estavam diferentes e estranhas, eles olhavam pra elas e achavam os seres humanos mais incríveis do mundo!
E como discordar?
Elas são.
Elas dedicam seus segundos, seus dias. Elas não dormem, nem mesmo quando os filhos dormem, porque acham que precisam fazer alguma coisa.
Elas não descansam. O que é mais incrível é que, quando eles tentam andar, ou as abraçam, ou as beijam, a energia delas renova instantaneamente. O olhar cansado se torna num olhar orgulhoso e começam a dançar e comemorar. Não é sobre romantizar o cansaço, é sobre reconhecer e até me espantar com a força que elas têm!
Elas se reinventam. É incrível como todo dia fazem algo inusitado e lindo por eles. Se doam, amam, se emocionam com pequenos gestos.
Quando as vejo depois da maternidade, posso dizer: elas mudaram.
E ainda afirmo: são as únicas que podem um dia mudar o mundo.
Parabéns, mães.